segunda-feira, 16 de junho de 2014

Duas almas





Oh tu que vens de longe, oh tu que vens cansada
entra e sob este teto encontrarás carinho
eu jamais fui amado e vivo tão sozinho
Vives sozinha sempre e jamais foste amada

A neve anda a branquear lividamente a estrada

e minha alcova tem a tepidez de um ninho
entra ao menos até que as curvas do caminho
se banhem no esplendor da nascente alvorada

E amanha quando a luz do sol dourar radiosa
essa estrada sem fim, deserta, horrenda e nua
Podes partir de novo, oh nômade formosa!

Já não serei tão só nem iras tão sozinha
Há de ficar comigo uma saudade tua
Hás de levar contigo uma saudade minha!!!


Alceu Wamosy

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